Um Coelho agradecido ao Sidney

Sidney, quando fui abrir o meu presente

A minha intenção foi só de experimentar

Porém, tive que ser o mais breve possível

Os meus olhos viraram duas fontes a jorrar

Você deve ter notado que fiquei silenciado

Não sabendo como agradecer a sua atitude

Quanto mais eu olhava pra você, mais difícil

Vou tentando escrever, falar ainda não pude

Não tenho dificuldade na fala, você sabe bem

Acontece apenas no que é preciso e devo falar

Eu falei de engasgo, numa das minhas poesias

Será que já seria o prenúncio desse meu silenciar

Agora não tem nada de brincadeira, tudo sério

Prenúncio ou não, foi o que bem me aconteceu

As palavras que eu gostaria de dizer ao prezado

Nem com o tempo vieram ao conhecimento meu

Eu sempre costumo dizer que milagre não existe

Mas devo mudar bastante essa minha concepção

Cair alguém de uma altura dessas, ou seja, do Céu

Não quebrar nada, nem sofrer sequer um arranhão

E não só apenas nesse sentido que estou referindo

Esse seu tombo já havia acontecido, só eu não sabia

Significa que não convém ficarmos desesperançados

Ainda que demorado, a felicidade poderá vir um dia

Sem delongas, mesmo sem saber bem o que lhe dizer

Usarei palavras que aprendi quando se diz de gratidão

Meu muito obrigado a você, que Deus o abençoe muito

Fico lisonjeado pela minha filha: você é nosso presentão

Falei do seu presente a mim dedicado, que prazer imenso

Jamais imaginava que tão boa coisa poderia me acontecer

Cada dia quero agradecer mais ainda a Deus nosso Senhor

Ele me colocou no mundo dando-me o mais rico e belo viver

Devo confessar de corpo, alma, coração e tudo que é direito

Contemplar a felicidade dos meus filhos, não há como medir

É como sempre digo, eu não tenho genro nem nora, são filhos

Se eu quisesse negar esta verdade: coração não deixaria mentir

Coelho

Em 03.09.2018 às 10:00 hs