Tive um pensamento
- Antonio Coelho Ribeiro

- 14 de out. de 2018
- 1 min de leitura

O sapo deve quase morrer
De ciúmes da senhora perereca
Coitado dele casou sem antes saber
Que a danada era por demais sapeca
Ele a via toda saltitante
E dizia, que coisinha mais linda
Só falta mesmo saber andar faceira
Mas é muito novinha, aprenderá ainda
E arriscou tudo o que tinha
Hei de ensiná-la bem direitinho
Infelizmente ele não conseguiu nada
Nem ao menos que pulasse bem baixinho
Para ela, sua faceirice era pular
A altura o momento é que mandava
Quanto mais o sapo resmungava, pior
Pulos muito mais altos ainda ela dava
Nem é bom tocar nesse assunto
Triste pra quem pensa que vai mudar
Por isso procurei chama-la de Senhora
Pois o que ela fizer, ele tem que aguentar
E não tem uma boa saída para tal
A não ser a famosa palavra aceitação
O sapo pode tratar de ser o mais delicado
Perder a paciência vai só piorando a situação
Tem um ditado antigo que diz assim
“Depois de fritar vemos a sobra da gordura”
Se essa sobra para ele for bem compensadora
Basta poupar os seus miolos de sofrer quentura
Se a vida é um jogo como dizem, não sei
Se tivermos que jogar, que joguemos bem certo
Eu sendo um coelho, sem ela já passo bom aperto
Imagina se eu fosse ele... ficar sem?! Nem de perto
Bem melhor sorrir e mostrar que está tudo às mil maravilhas
E, se é que vale mesmo à pena, quem sabe, bom até fingir de morto
De tudo que ouvi até agora, nestes meus setenta e sei anos o mais ouvido
Continua sendo um bem assim: “não existe solução pra pau que nasce torto”
Coelho
Em 14.10.2018 às 15:05 hs

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