Se eu morasse numa casa
- Antonio Coelho Ribeiro
- 2 de mai. de 2021
- 1 min de leitura

Se eu morasse numa casa
Sem gostar das paredes, chão e teto
Confesso: compraria outra bem longe
E daquela, nunca mais passaria nem perto
Um martírio na vida da gente
Uma aliança contrariada com algo
Posso ser o maior fabricante de doces
Que vou ser todo consumido pelo amargo
Martírio até acho que ainda é pouco
Porque ele pode vir de modo temporário
Imagina viver o tempo todo na contrariedade
Eu, nem com a condição de ser um milionário
Deus me livre de uma vista cansada
Ver todos os dias o que não agrada a gente
Aí entra a magnitude do morar só de aluguel
Poder ficar o tempo que quiser numa diferente
E, não imponta ser bonita ou feia
É só mesmo pelo tempo que me agradar
Será tão curto, que terei de ir bem depressa
Se não, corro o risco de enjoar antes de entrar
Se tudo na vida é só por um tempo
Por que um amargor é tão duradouro
Se a própria vida não adoçar o meu viver
Ele nunca adoçará nem com toneladas de Ouro
Obrigado Senhor, pela dádiva maior
Também pelas toneladas de Amor que recebi
Pena que a única coisa que alcanço e posso fazer
Jogar meus joelhos no chão, ligar meu coração a Ti
Perdoa-me por esta escrita, já de manhã
Por favor, a receba Senhor, como uma reflexão
Ouro aqui, a gente pode batalhar e até conseguir
Porém, amor como eu recebi, só vindo da Tua Mão
Findei esta, com lágrimas caindo a molhar o peito, e respigar o chão!!!
Felizmente nenhum respingo perdido: só mesmo puríssima gratidão!!!
Coelho
Em 02.05.2021 às 1055 hs
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