top of page

Se eu morasse numa casa


Se eu morasse numa casa

Sem gostar das paredes, chão e teto

Confesso: compraria outra bem longe

E daquela, nunca mais passaria nem perto


Um martírio na vida da gente

Uma aliança contrariada com algo

Posso ser o maior fabricante de doces

Que vou ser todo consumido pelo amargo


Martírio até acho que ainda é pouco

Porque ele pode vir de modo temporário

Imagina viver o tempo todo na contrariedade

Eu, nem com a condição de ser um milionário


Deus me livre de uma vista cansada

Ver todos os dias o que não agrada a gente

Aí entra a magnitude do morar só de aluguel

Poder ficar o tempo que quiser numa diferente


E, não imponta ser bonita ou feia

É só mesmo pelo tempo que me agradar

Será tão curto, que terei de ir bem depressa

Se não, corro o risco de enjoar antes de entrar


Se tudo na vida é só por um tempo

Por que um amargor é tão duradouro

Se a própria vida não adoçar o meu viver

Ele nunca adoçará nem com toneladas de Ouro


Obrigado Senhor, pela dádiva maior

Também pelas toneladas de Amor que recebi

Pena que a única coisa que alcanço e posso fazer

Jogar meus joelhos no chão, ligar meu coração a Ti


Perdoa-me por esta escrita, já de manhã

Por favor, a receba Senhor, como uma reflexão

Ouro aqui, a gente pode batalhar e até conseguir

Porém, amor como eu recebi, só vindo da Tua Mão


Findei esta, com lágrimas caindo a molhar o peito, e respigar o chão!!!

Felizmente nenhum respingo perdido: só mesmo puríssima gratidão!!!

Coelho


Em 02.05.2021 às 1055 hs

Comments


Faça parte da minha lista de email

© 2018 Raio X de um coração - Autoria de Antonio Coelho Ribeiro 

bottom of page