O trem e o caminhão
- Antonio Coelho Ribeiro
- 24 de nov. de 2018
- 1 min de leitura

Comecei a pensar numa coisa
Não sei se vai agradar a alguém
Devem ter inventado o caminhão
Por terem ficado enjoados do trem
O trem vale por frota inteira
Carrega o que tiver pra carregar
Até o que tiver alicerçado no chão
E dependendo, vai tudo sem demorar
Ô que trem danado de guloso, sô
Convinha acabarmos com isso pra já
Aquele de carga não foi difícil acabar
Mas esse que ficou, queremos e não dá
Não dá pelo seu tamanho poder
Nunca vi uma coisa com tanta valentia
Tamanho não importa, rico melhor ainda
O caboclo só enjoa ou enjeita por anomalia
Porque dentro dos padrões normais
Em todos os lugares tem boa aceitação
Para que aconteça uma dessas duas coisas
Desculpe, vou perguntar: qual seria a razão
Sei não, mas acho muito complicado
Não existe nada mais próprio e adequado
Juro que eu podia ter até avião nesse mundo
Sem um trem: meeeeeu fi!!! Estaria rascado
O antigo trem; era a famosa Maria Fumaça
Foi a que eu literalmente viajei quando guri
Como era bom! Acabaram com ela! Oh! Pena
O jeito fui eu continuar viajando noutras por aí
E a idade ainda não me cansou nadinha
Sempre pronto pra viajar numa boa estrada
Esta vida é um descortinar quase que sem fim
A viagem é a melhor parte pra fazê-la renovada
Coelho
Em 24.11.2018 às 15:32 hs
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