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O trem e o caminhão


Comecei a pensar numa coisa

Não sei se vai agradar a alguém

Devem ter inventado o caminhão

Por terem ficado enjoados do trem


O trem vale por frota inteira

Carrega o que tiver pra carregar

Até o que tiver alicerçado no chão

E dependendo, vai tudo sem demorar


Ô que trem danado de guloso, sô

Convinha acabarmos com isso pra já

Aquele de carga não foi difícil acabar

Mas esse que ficou, queremos e não dá


Não dá pelo seu tamanho poder

Nunca vi uma coisa com tanta valentia

Tamanho não importa, rico melhor ainda

O caboclo só enjoa ou enjeita por anomalia


Porque dentro dos padrões normais

Em todos os lugares tem boa aceitação

Para que aconteça uma dessas duas coisas

Desculpe, vou perguntar: qual seria a razão


Sei não, mas acho muito complicado

Não existe nada mais próprio e adequado

Juro que eu podia ter até avião nesse mundo

Sem um trem: meeeeeu fi!!! Estaria rascado


O antigo trem; era a famosa Maria Fumaça

Foi a que eu literalmente viajei quando guri

Como era bom! Acabaram com ela! Oh! Pena

O jeito fui eu continuar viajando noutras por aí


E a idade ainda não me cansou nadinha

Sempre pronto pra viajar numa boa estrada

Esta vida é um descortinar quase que sem fim

A viagem é a melhor parte pra fazê-la renovada


Coelho

Em 24.11.2018 às 15:32 hs


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© 2018 Raio X de um coração - Autoria de Antonio Coelho Ribeiro 

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