O mesmo que um masoquista
- Antonio Coelho Ribeiro
- 20 de out. de 2018
- 2 min de leitura

O mesmo que um masoquista
É o que sofrendo para não querer
Bate o pé e pronto, sem medo do erro
O que na falta fica difícil para ele viver
Parecendo sofrer prazerosamente
Não importando no que poderá dar
Como têm coisas difíceis de entender
Esquisito tal prazer, mas não vou julgar
É só uma exposição de pensamento
Auto inspiração, o que hora exponho
Penso muito no que acontece ao vidro
Ele não cede, e seu estrago é medonho
Aí vem a dúvida, ceder ou não ceder
As saídas só vão diminuindo, fechando
E você, com medo, pra salvar a sua pele
Cede e acaba igual a ele, se estilhaçando
Dizem que quem não arrisca não petisca
É o que pela vida à fora muito ouvi falar
Pode até ser que seja uma grande verdade
E o tal, correndo ou não correndo, vai pegar
Esse também vem lá da antiguidade
A vida acaba sendo mais ou menos por aí
Quiçá o sofrimento, bem melhor que quebrar
Se me acostumasse com ele, não reclamaria aqui
Em fim, com ditado ou sem ditado
A luta aqui em baixo é uma bola de neve
A gente reclama de tudo o que Deus nos dá
Buscar Seu entendimento: quase não se atreve
Palavra um tanto forte, vem de atrever-se
Falo no caso de nossa reclamação permanente
Não devemos dar voltas deixando só pra depois
Tem coisa que pra mudar só mesmo um insolente
Posso estar complicando minha escrita
Às vezes, difícil até para eu próprio entender
Esse mundo é o mesmo que uma imensa gaiola
Porém, tem de tudo, ruim e bom, o erro está no escolher
Deus deixou tudo num processo democrático
Como livre escolha nos deu também a vida e a morte
Claro, queremos vida: no mal, O levamos as lamúrias e ais
Mas no acaso de tudo às mil maravilhas: louvamos a sorte
Coelho
Em 20.10.2018 às 15:11 hs
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