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O mesmo que um masoquista


O mesmo que um masoquista

É o que sofrendo para não querer

Bate o pé e pronto, sem medo do erro

O que na falta fica difícil para ele viver


Parecendo sofrer prazerosamente

Não importando no que poderá dar

Como têm coisas difíceis de entender

Esquisito tal prazer, mas não vou julgar


É só uma exposição de pensamento

Auto inspiração, o que hora exponho

Penso muito no que acontece ao vidro

Ele não cede, e seu estrago é medonho


Aí vem a dúvida, ceder ou não ceder

As saídas só vão diminuindo, fechando

E você, com medo, pra salvar a sua pele

Cede e acaba igual a ele, se estilhaçando


Dizem que quem não arrisca não petisca

É o que pela vida à fora muito ouvi falar

Pode até ser que seja uma grande verdade

E o tal, correndo ou não correndo, vai pegar


Esse também vem lá da antiguidade

A vida acaba sendo mais ou menos por aí

Quiçá o sofrimento, bem melhor que quebrar

Se me acostumasse com ele, não reclamaria aqui


Em fim, com ditado ou sem ditado

A luta aqui em baixo é uma bola de neve

A gente reclama de tudo o que Deus nos dá

Buscar Seu entendimento: quase não se atreve


Palavra um tanto forte, vem de atrever-se

Falo no caso de nossa reclamação permanente

Não devemos dar voltas deixando só pra depois

Tem coisa que pra mudar só mesmo um insolente


Posso estar complicando minha escrita

Às vezes, difícil até para eu próprio entender

Esse mundo é o mesmo que uma imensa gaiola

Porém, tem de tudo, ruim e bom, o erro está no escolher


Deus deixou tudo num processo democrático

Como livre escolha nos deu também a vida e a morte

Claro, queremos vida: no mal, O levamos as lamúrias e ais

Mas no acaso de tudo às mil maravilhas: louvamos a sorte

Coelho

Em 20.10.2018 às 15:11 hs


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© 2018 Raio X de um coração - Autoria de Antonio Coelho Ribeiro 

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