O dia que eu começar a entender
- Antonio Coelho Ribeiro
- 27 de jul. de 2018
- 2 min de leitura

O dia que eu começar a entender
Saberei que é chegada a hora da partida
Despedirei sem dúvida, decepcionado e triste
Viver tantos anos sem ter entendido nada da vida
Fico encucado com o pensamento de muitos
Sempre dizendo que quantidade é experiência
Se fosse, eu afirmo com todas as letras cabíveis
Velho, por mais simples que fosse não iria à falência
Nem tampouco faria tantas burradas
Aproveitando tão mal todo o tempo vivido
Se alguém já entendeu alguma coisa, me fale
O que tentei nesses anos todos foi tudo perdido
Não escrevo apenas por escrever, nada disso
A minha observação é constante, e não adianta
A única coisa que alcancei até o momento presente
É que só depois que a gente almoça tem direito à janta
Não sei se a vida tem lugar para brincadeira
Dizem que ela é curta, galopante e complicada
Ainda bem, mesmo não entendendo, como eu disse
Acho que a minha de tanto eu brincar deu uma esticada
E isso é bom, me faz feliz acima da conta
Apesar de eu ter começado falando daquele jeito
Partida, tristeza e decepção. Uma lamuria incabível
Bem melhor, seria agradecer a Deus batendo no peito
O querer entender faz parte, e a gente gostaria
Assim como o saber não deixa de ser providencial
Só que saber muito ou não, não vai mudar muita coisa
É necessário saber conduzir a vida: se não, tudo irá mal
Quanto à hora da partida, ninguém sabe
O Senhor manda que vivamos sem nos preocupar
Partir é um decreto dado por Ele. Portanto, imutável
Não é o entendido ou o desentendido que irá escapar
Graças a Deus, agora começo a ver e entender
Que quem sabe tudo daqui é somente Ele e não eu
E que se não fosse a Sua poderosa mão me segurar
Jamais estaria até hoje apreciando a vida que me deu
Obrigado, Senhor!!!
Coelho
Em 27.07.2018 às 16:59 hs
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