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O cachorro Bille

Atualizado: 7 de out. de 2018


Não sei porque cargas d`água

Aconteceu uma coisa estranha

O cachorro Bille, pular no meu colo

Confesso que pra mim foi uma façanha


No meio de tanta gente

Sendo chamado pelo seu dono

Veio correndo na maior das alegrias

Fazer do meu colo o seu melhor trono

Foi numa sexta feira, à tarde

Dia sete, dia da Independência

O dito cujo jamais me vira antes

Mas acreditou na minha aparência


Dizem que quem vê cara

Não consegue ver o coração

O cachorro me viu por completo

Nem precisou pensar e fazer dedução


Se jogando como um filho

Sem medo de uma repreensão

Bom demais ser querido de alguém

Imagina quando escolhido por um cão


Não sei qual o seu sentimento

O meu conseguiu me fazer chorar

Esse cão deve ter em torno de dez anos

Não é novo e nem velho para se enganar


A minha admiração no bom sentido

É que cachorro e criança são bem iguais

Sempre tentei achar pelo menos um feio

A setenta e seis anos, não acho um, jamais


E haja admiração, meus amigos

Nesses dois contem pureza e sinceridade

Se a gente crescesse e não mudasse a regra

Iria viver com Deus por toda a Sua Eternidade


Do fim do cão eu não sei como falar

Vale a pena ser um, no exemplo de pureza

Ser um ser racional com tanta irracionalidade

É viver massacrado pela vergonha: com certeza


Coelho

Em 10.09. 2018 às 15:43 hs


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© 2018 Raio X de um coração - Autoria de Antonio Coelho Ribeiro 

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