O cachorro Bille
- Antonio Coelho Ribeiro
- 10 de set. de 2018
- 1 min de leitura
Atualizado: 7 de out. de 2018

Não sei porque cargas d`água
Aconteceu uma coisa estranha
O cachorro Bille, pular no meu colo
Confesso que pra mim foi uma façanha
No meio de tanta gente
Sendo chamado pelo seu dono
Veio correndo na maior das alegrias
Fazer do meu colo o seu melhor trono
Foi numa sexta feira, à tarde
Dia sete, dia da Independência
O dito cujo jamais me vira antes
Mas acreditou na minha aparência
Dizem que quem vê cara
Não consegue ver o coração
O cachorro me viu por completo
Nem precisou pensar e fazer dedução
Se jogando como um filho
Sem medo de uma repreensão
Bom demais ser querido de alguém
Imagina quando escolhido por um cão
Não sei qual o seu sentimento
O meu conseguiu me fazer chorar
Esse cão deve ter em torno de dez anos
Não é novo e nem velho para se enganar
A minha admiração no bom sentido
É que cachorro e criança são bem iguais
Sempre tentei achar pelo menos um feio
A setenta e seis anos, não acho um, jamais
E haja admiração, meus amigos
Nesses dois contem pureza e sinceridade
Se a gente crescesse e não mudasse a regra
Iria viver com Deus por toda a Sua Eternidade
Do fim do cão eu não sei como falar
Vale a pena ser um, no exemplo de pureza
Ser um ser racional com tanta irracionalidade
É viver massacrado pela vergonha: com certeza
Coelho
Em 10.09. 2018 às 15:43 hs
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