O antidoto
- Antonio Coelho Ribeiro
- 31 de out. de 2018
- 1 min de leitura
Atualizado: 1 de nov. de 2018

Não quero mais saber da sua vida
Nem se devo lhe dar todo meu amor
Hoje você já se tornou a mais querida
Depois daquela recolhida pelo Senhor
Tudo na vida parte de uma decisão
Chega a hora de enfrentar ou desistir
Todos sabem que ela é a minha paixão
E Deus mandou você, para eu prosseguir
Ele quis que eu vivesse mais um tempo
E sem ela eu só iria vegetar vida à fora
Foi uma luta para aguentar e entender
Porém, entendi tudo, e é com você agora
Esse agora é só no modo de falar
Porque há muito você me faz reviver
Com a sua chegada reencontrei a vida
Apesar da certeza: dela não vou esquecer
A música diz que é pra aceitarmos
Como dizem, ai do que não conseguir
Vai viver na contra mão a vida inteira
Podendo chegar a um ponto de não resistir
Falo com conhecimento de causa
Eu andava pelas ruas da cidade a sofrer
Minha vontade era de sentar no meio fio
Encostado no poste e ali ficar até apodrecer
Esta história eu contei pra muita gente
Embora estivesse estampada no meu olhar
A dor do amor só sabe bem aquele que sente
Ela não mata na hora, vai matando devagar
Por ser tão lenta, não causa nem grito
O muito que se consegue expressar é gemer
Mas tem um poder de acabrunhar o caboclo
Que nem ele querendo muito, conseguirá viver
E pra encontrar o antidoto pra cortar
O veneno que a dor do amor passou a ser
Ainda bem querida, que você chegou a tempo
Até ali, o meu único grande alívio seria morrer
Triste é ainda existir quem não entenda!!!
Que num mundo que só leva quem der mais!!!
Eu não dei nada e ganhei mais uma prenda!!!
Coelho
Em 31.10.2018 às 16:16 hs
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