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Era para eu estar no Céu há muito

Atualizado: 15 de nov. de 2018



Era para eu estar no Céu há muito

Na época eu não seria condenado

Porém, Deus veio e me cobriu de véu

E nem por um pernilongo eu fui picado


Minha avó era pequenininha

Era até chamada de mãe baixa

Não intimidava com nada que viesse

Com ela era resolvido no vai ou racha


A investida da dona era decisiva

Não usava pensar nem fazer menção

Não lutava com pensamento em ganhar

Já ia com toda certeza da vitória na mão


Se feliz é quem tem história pra contar

Esta minha, o melhor seria ser deletada

Mas não existe nenhum tipo de solvente

Que faça uma marca tão forte, ser retirada


Felizmente ela não me embaraça

Ou melhor: não tem um peso negativo

Serviu pra uma maior confiança em Deus

Graças a Ele e à coragem da avó, estou vivo


Aquilo sim é a certeza do desigual

Não poderia ser vitoriosa nem distante

Só que estando dentro do propósito do Pai

Haja o que houver, a vida vai seguir avante


Posso testemunhar esta verdade

Com a maior e mais perfeita convicção

Já são passados em torno de setenta anos

Cresci, envelheci: os Seus desígnios falham não


Aquelas mãozinhas tão poderosas

Da pessoa pequenininha como descrevi

Mais a ajuda da mão do Deus que tudo pode

Livrou-me naquele momento e cheguei até aqui


Desculpa-me de me despedir assim

Sem deixar claro o principal personagem

Se tiver proveito que seja para fortificar a fé

É o que devemos conservar: o resto é bobagem


Coelho

Em 25.07.2018 às 19:45 hs


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© 2018 Raio X de um coração - Autoria de Antonio Coelho Ribeiro 

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