Era para eu estar no Céu há muito
- Antonio Coelho Ribeiro
- 25 de jul. de 2018
- 1 min de leitura
Atualizado: 15 de nov. de 2018

Era para eu estar no Céu há muito
Na época eu não seria condenado
Porém, Deus veio e me cobriu de véu
E nem por um pernilongo eu fui picado
Minha avó era pequenininha
Era até chamada de mãe baixa
Não intimidava com nada que viesse
Com ela era resolvido no vai ou racha
A investida da dona era decisiva
Não usava pensar nem fazer menção
Não lutava com pensamento em ganhar
Já ia com toda certeza da vitória na mão
Se feliz é quem tem história pra contar
Esta minha, o melhor seria ser deletada
Mas não existe nenhum tipo de solvente
Que faça uma marca tão forte, ser retirada
Felizmente ela não me embaraça
Ou melhor: não tem um peso negativo
Serviu pra uma maior confiança em Deus
Graças a Ele e à coragem da avó, estou vivo
Aquilo sim é a certeza do desigual
Não poderia ser vitoriosa nem distante
Só que estando dentro do propósito do Pai
Haja o que houver, a vida vai seguir avante
Posso testemunhar esta verdade
Com a maior e mais perfeita convicção
Já são passados em torno de setenta anos
Cresci, envelheci: os Seus desígnios falham não
Aquelas mãozinhas tão poderosas
Da pessoa pequenininha como descrevi
Mais a ajuda da mão do Deus que tudo pode
Livrou-me naquele momento e cheguei até aqui
Desculpa-me de me despedir assim
Sem deixar claro o principal personagem
Se tiver proveito que seja para fortificar a fé
É o que devemos conservar: o resto é bobagem
Coelho
Em 25.07.2018 às 19:45 hs
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