A admiração
- Antonio Coelho Ribeiro
- 12 de out. de 2018
- 1 min de leitura
Atualizado: 21 de out. de 2018

Continuo imaginando Adão
Quando daquele sono acordou
Vendo o único monumento móvel
Sem conhecer o abraço, já o abraçou
Não tinha como ser diferente
O primeiro movimento é que valia
Saísse do jeito que saísse, fazer o que
Nem aquela coisa mais bela ele conhecia
A expressão vem da emoção
A emoção vem do fundo do coração
É todo um processo bem robusto e magnífico
Caboclo tem que ser forte, se não!!! Aguenta não
À essas horas até as mãos enxergaram
Devem ter dito vamos segurar pro patrão
Misturar ele não mistura com mais nada aqui
Mas temos que ter cuidado, e se vier um ladrão
Não havia mais ninguém na face da terra
Porém, antes, coisa assim também não havia
Devemos sempre confiar assim meio desconfiado
Se lhe roubasse aquela, ia de novo afundar na agonia
E assim foi nascida a maior expressão
O abraço: com poder até mesmo para redimir
Ele é que coloca os corações bem frente a frente
De modo que a pancada de um o outro possa ouvir
A linguagem cada qual tem a sua
E entre falar batida, eu prefiro falar pancada
Dando a impressão de que é mais contundente
E tem coisa que encrosta tanto, é difícil ser retirada
Embora não seja o caso daquele belo casal
Foi pelo grande entusiasmo daquele momento
Primeira vez, de dois corações dando pancadas juntos
Na mesma cadência para um perfeito reconhecimento
Que maravilha Deus é capaz de fazer por nós
Adão tinha todas as criaturas, faltava identificação
Não é que o nosso Deus poderoso desceu lá das alturas
Ao invés da palavra criadora, com carinho usou Suas Mãos
Como já escrevi um dia, com muita propriedade, Adão ainda não tinha horta!!!
Mas foi como se Deus fizesse chover naquele seu mundo, isso é o que importa!!!
Coelho
Em 12.10.2018 às 14:40 hs
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