A vida a dois é um caminho
- Antonio Coelho Ribeiro
- 27 de fev. de 2016
- 1 min de leitura

A vida a dois é um caminho
Que passa tudo até ficar esburacada
E não é só buracos, não, meus amigos
Caem rampas entupindo toda a estrada
A minha sempre foi desobstruída
Até que num momento a estrada caiu
Esta referência aqui é no sentido figurado
Mas base igual aquela dificilmente existiu
Apesar da sua perfeição e segurança
Aqui no mundo tudo que começa tem fim
Assim como tudo que nasce morre, é óbvio
Tudo na ordem, mas ficou difícil pra mim
Eu andava seguro, trabalhava seguro
Vivia seguro como se viver fosse sonhar
Com isso fui acostumado só no aconchego
Tudo parecia ser meu, pra que preocupar
Porém, um dia: ah! minha gente, um dia
Não foi buraco nem rampa, mas aquela caída
E não tem retoque que possa fazer o reparo
Não há tecnologia que a torne reconstruída
Para continuar, o recurso é o tal de desvio
Ou então uma alternativa chamada variante
Onde você até poderá resolver a sua viagem
Só que, meu amado amigo, nada como antes
Qualquer dos dois foi feito de improviso
São recursos aplicados diante da situação
Improvisos que até poderão dar muito certo
E passar a ser definitivo, mas é uma exceção
Requer cuidados muito mais minuciosos
Um caminho novo, de difícil solidificação
Devido ao bom ou ruim que tanto viajamos
Qualquer pisadinha sem querer cava buracão
Coelho
Em 27.02.2016 às 17:20 hs
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