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A vida a dois é um caminho


A vida a dois é um caminho

Que passa tudo até ficar esburacada

E não é só buracos, não, meus amigos

Caem rampas entupindo toda a estrada


A minha sempre foi desobstruída

Até que num momento a estrada caiu

Esta referência aqui é no sentido figurado

Mas base igual aquela dificilmente existiu


Apesar da sua perfeição e segurança

Aqui no mundo tudo que começa tem fim

Assim como tudo que nasce morre, é óbvio

Tudo na ordem, mas ficou difícil pra mim


Eu andava seguro, trabalhava seguro

Vivia seguro como se viver fosse sonhar

Com isso fui acostumado só no aconchego

Tudo parecia ser meu, pra que preocupar


Porém, um dia: ah! minha gente, um dia

Não foi buraco nem rampa, mas aquela caída

E não tem retoque que possa fazer o reparo

Não há tecnologia que a torne reconstruída


Para continuar, o recurso é o tal de desvio

Ou então uma alternativa chamada variante

Onde você até poderá resolver a sua viagem

Só que, meu amado amigo, nada como antes


Qualquer dos dois foi feito de improviso

São recursos aplicados diante da situação

Improvisos que até poderão dar muito certo

E passar a ser definitivo, mas é uma exceção


Requer cuidados muito mais minuciosos

Um caminho novo, de difícil solidificação

Devido ao bom ou ruim que tanto viajamos

Qualquer pisadinha sem querer cava buracão


Coelho

Em 27.02.2016 às 17:20 hs


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© 2018 Raio X de um coração - Autoria de Antonio Coelho Ribeiro 

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